domingo, 19 de junho de 2011

Contextualizando a mudança




Dialogar com nossos alunos é sempre bom para que possamos ouvir as ideias, dúvidas e curiosidades deles. No atual contexto educacional,  no qual as informações chegam a todo momento e das mais variadas formas, é necessário estabelecer um ambiente livre para que eles  possam expor o que pensam e sentem em relação ao seu processo de ensino-aprendizagem. Aprende-se muito com alunos sobre as mais variadas temáticas, uma vez que esses são capazes de nos apontar quais erros existem na metodologia empregada e sugerem como poderíamos tornar nossas aulas mais interessantes.
A inclusão de novas tecnologias pode ser feita por meio das atividades desenvolvidas na sala de multimídia tanto pelo professor, durante suas aulas, quanto pelos alunos, em seus trabalhos escolares.

domingo, 29 de maio de 2011

Conceituando o hipertexto

Os hipertextos nos proporcionam uma infinidade de recursos, que possibilitam a livre escolha do que queremos pesquisar (sons, imagens, animação, vídeos gráficos, etc.). Diz-se que o hipertexto é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual se agregam outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertexto) 
Justamente por não ter uma sequencia linear, o hipertexto nos permite maior mobilidade, tornando o tempo e a abrangência da pesquisa, mais flexíveis, mais dinâmicos. Muitos estudiosos defendem que a representação hipertextual da informação independe do meio. Pode acontecer no papel, por exemplo, desde que as possibilidades de leitura superem o modelo tradicional contido das narrativas contínuas (com início, meio e fim). (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertexto). Como exemplo, pode-se citar uma enciclopédia, um exemplo de hipertexto baseado no papel, pois permite o acesso não-linear aos verbetes contidos em diferentes volumes. 
Em resumo, os hipertextos nos possibilitam a livre escolha: não determinam por onde começar e que ordem seguir.

Experiência de navegação por meio de hipertextos

A experiência de navegação por meio de hipertextos nos dá uma infinidade de recursos, possibilitando a livre escolha do que queremos pesquisar (sons, imagens, animação, vídeos). Isso torna a pesquisa cada vez mais interessante e dinâmica. O que mais facilita a navegação é que os textos oferecem novas opções de pesquisa e maiores explicações sobre o conteúdo. Isso ocorre devido ao fato dos links permitirem o livre acesso a outros textos, fornecendo, assim, informações complementares, levando-nos, algumas vezes, a temas diferentes do que estão sendo pesquisados em determinada página da web.

Devido a essa interatividade, é comum, àquele que não têm o hábito de pesquisar utilizando hiperlinks, ficar meio perdido durante a leitura dos textos, mas para aquelas pessoas que já têm habilidade com a internet, isso não constitui um problema.

Os hipertextos facilitam a navegação através da web. A utilização dos hipertextos nos mostra que a internet pode e deve ser usada como ferramenta de auxílio no processo de ensino-aprendizagem. A aplicação desse recurso no contexto escolar permite/ permitirá a construção de um novo modelo educacional, uma vez que proporciona/proporcionará aos alunos diversos contextos, que podem ser explorados sob diferentes perspectivas.
O acesso a fontes de informações diversificadas trará profundas modificações que transformarão ainda mais o processo de apropriação do conhecimento, visto que tal recurso desmistifica ainda mais a visão que se tem do professor, tido como detentor absoluto do conhecimento.

Navegação em hipertexto: Portal do Professor


O Portal do Professor é um site bastante prático para se navegar... já era uma prática pesquisar conteúdos a serem ministrados em minhas aulas no referido site. E agora que fiz meu cadastro ficará melhor ainda, já que poderei acessar materiais que antes eram bloqueados...

Sites como este facilitam a vida do professor, já que proporcionam novas alternativas para tornar nossas aulas mais interessantes e criativas. Vale destacar, ainda, que a livre navegação faz com que tenhamos uma visão geral do conteúdo a ser trabalhado, sem que este tenha um único foco. Que todos nós aproveitemos as sugestões de aulas apresentadas e façamos um ótimo trabalho!

WebQuest como alternativa pedagógica para o processo de aquisição do saber

Os projetos que utilizam a WebQuest são alternativas pedagógicas importantíssimas para o processo de aquisição do saber. É sabido que aprendemos mais e melhor quando trabalhamos com os outros. É válido salientar que essa ferramenta constitui um mecanismo de inclusão da internet nas aulas e nos trabalhos desenvolvidos em sala de aula. A metodologia utilizada por ela constitui uma pesquisa orientada, uma vez que é uma atividade organizada e planejada pelo professor. Este indica as fontes a serem consultadas.
As tecnologias inovadoras permitem que os professores adquiram novas habilidades e passem a usar novas técnicas de ensino. Isso faz com que eles deixem de ser a principal fonte de informação no processo de ensino- aprendizagem, e passem a ser SETAS que apontam caminhos, despertam, e, ao mesmo tempo,  provocam novas inquietações e novas questões de investigação em seus alunos.
Nesse contexto, o aluno torna-se o sujeito que pesquisa , constrói, aprende e questiona os componentes curriculares a serem trabalhados, deixando de ser apenas um receptor de conhecimento, tornando-se PROTAGONISTA do seu processo de ensino-aprendizagem.

Quem sou como professor e Aprendiz?

Ser professor na atualidade é um grande desafio. Não somos simplesmente repassadores de conhecimento... Nossa missão vai muito além disso...
Procuro exercer a docência com muito amor. Sinto-me impulsionada a buscar sempre o melhor. Mesmo com todas as dificuldades do cotidiano, alegro-me ao ver o brilho  no olhar dos meus alunos quando eles aprendem algo através de mim...  Quando aprendo com eles...
Esse é o ápice do ato de educar: a constante troca de aprendizado entre professores e alunos.
Sou uma pessoa feliz por contribuir com o crescimento intelectual e emocional dos meus alunos e por estar, constantemente, aprendendo com eles também.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Cópia da carta escrita por uma professora que trabalha no Colégio Estadual Júlio Mesquita, à revista Veja.

"Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama desalentador.

Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira. Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras. Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.
Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”. Estímulos de quê? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida. Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e ...disciplina.
Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores? E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência. Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.
Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à biblioteca e outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até à passeios interessantes, planejados, minuciosamente, como ir ao Beto Carrero. E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes” elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;
Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 m.de intervalo, onde tem que se escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário. Há de se pensar, então, que são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave. Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.
Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite. E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.
Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros. Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se.
Em vez de cronômetros precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade. Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo
Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa arcaica!), e ainda assim ouve-se falar em cronômetros. Francamente!!!
Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO. Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas."